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Extraído do volume 3 da "Obra crítica de Araripe Jr.", este ensaio é uma verdadeira capsulado tempo, em particular neste tempos em que o mundo assiste a uma virada nas relações de poder global, com a China despontando. Isso porque Araripe Jr. Comenta aqui a ascensão de uma potência... no final do século XIX: os Estados Unidos! O ponto de vista de um observador próximo dos acontecimentos , no tempo, dá sabor especial à leitura.

Dois ensaios em que Tristão de Alencar de Araripe Júnior explora personagens públicas de seu tempo. Em "O fetiche", a Rainha Vitória está no centro de seus comentários (críticos), ao tempo em que ela celebrava seu jubileu de ouro. "Viagens de Gulliver", por sua vez, nada fala da obra de Johnattan Swift, mas a obra clássica que empresta seu título ao ensaio serve como metáfora para enaltecer a figura do pedagogo Carlos Jansen, que valorizava a literatura infanto-juvenil entre os jovens estudantes brasileiros do final do século XIX.

De comum, estes dois ensaios têm o mesmo objeto: a arte. Em "Estética e eletricidade", o alvo do autor são os críticos das artes plásticas, cujo conhecimento de ciência acaba por turvar a adequada avaliação das obras. Já em "Flaubert", o autor francês é que está na mira da crítica dura – incomum – à sua obra. Teria de fato autor do célebre "Madame Bovary" desmerecido o prestígio que alcançou?

Parte de um estudo mais amplo sobre a obra de Ibsen, este ensaio editado de Tristão de Alencar de Araripe Júnior é um deleite para os leitores interessados no "trânsito" da Idade Média para o Renascimento. O foco do texto é a "Divina Comédia" de Dante Alighieri, com suas fontes e seus desdobramentos.

"Um livro como o que agora oferece o poeta Alberto de Oliveira (...) não é um vômito de histerismo orgiático; esse livro é um perfume" – eis o tom deste ensaio do crítico Araripe Jr. sobre livro "Versos e rimas", de seu contemporâneo Alberto de Oliveira, marcado pelo erotismo e pela musicalidade de seus versos. E música é justamente o tema do segundo ensaio aqui reunido, onde o autor questiona a importância dada a esse gênero artístico: "A baqueta de um maestro vale hoje mais do que um cetro."

"Os simbolistas compreenderam que sem uma reconciliação com os fatos a poesia tomar-se-ia uma coisa estéril. Pondo o homem entre dois infinitos, não lhes foi impossível distinguir o alcance do raio que mede os dois horizontes da vida, o místico e o real." Eis o tom com que Araripe Jr. escreve este ensaio sobre o movimento simbolista, servindo-se ainda de uma base concreta: o poema "Agonia", de Mário Pederneiras.